segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Massa e Fumaça

Fiz essa poesia com mais ou menos 11 anos. Foi minha primeira poesia, ou pelo menos foi a partir dela que eu descobri que gostava de escrever poesias. Mas ela tem um sério problema: foi sendo remendada durante o tempo, porque a mudava de acordo com minhas próprias mudanças. Não tenho mais o original dela, que não se parece em quase nada com o formato atual. Hoje ela representa pra mim a minha própria inocência violentada...mas enfim, serviu de lição, por isso as demais poesias dessa que eu chamo de fase 1 foram, na medida do possível, preservadas, com suas virtudes e defeitos...

A massa condena a fumaça
Mas sem massa
Não há fumaça
A fumaça nasce como obra da massa
A fumaça, o pó, a pedra, a bala,
São culturas da massa
Sem bala, pedra, pó, fumaça,
A massa amassa
Seus semelhantes
Por bala, pó, pedra, fumaça,
A massa mata
Seus semelhantes
A fumaça embaça a visão da massa?
Ou a massa é cega por fumaça?
Maldita a fumaça?
Sim!
Maldita seja a massa.

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