segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sexta Santa

Canção antiga essa, que imaginava numa levada parecida com a daquelas bandas de rock dos anos oitenta, tipo Uns e Outros, o Nenhum de Nós daquela época do "Astronauta de Mármore", etc.

Já nascemos submissos a Deus e ao sol
E crescemos submissos aos nossos pais
E vivemos tendo que respeitar patrões
Obedecemos às ordens de malditos ladrões
Ladrões! Roubam amigos por comissões
E nós ocultamos nossas opiniões
Nos afogamos em nossas profissões
E assim vivemos nessa podridão
Mentes vazias pregando a falsa pureza do coração.

Mas ainda há esperança
Pois não comemos carne na sexta-santa
E acomodados rezamos para tudo melhorar
E nos confessamos depois de pecar.

Mas de que adianta?
O egoísmo vem nos sufocar.
E de que adianta
Com a ganância a nos manipular?
Por que para um se dar bem
Outro tem sempre que se ferrar?
Eu já percebi
Fala-se amor mas não se sabe amar.

Mas talvez haja esperança
Pois não comemos carne na sexta-santa
E acomodados rezamos para tudo melhorar
E nos confessamos depois de pecar.

Existe sempre alguém disposto a nos explorar.
Existe sempre alguém a quem devemos respeitar.
Existe sempre alguém a quem devemos louvar.

E se vida após a morte não for mais que medo de morrer?
Por que para me salvar a vida inteira tenho que sofrer?
Por que devo esquecer que mereço um pouco de paz?

Mas eu devo ter esperança
Pois nunca comi carne na sexta-santa
E sempre rezei para Deus me ajudar
Já me confessei até sem pecar.

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